terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Luto de um pai por perda de um filho natimorto.

De acordo com Doka (1989), nossa sociedade estabelece regras de comportamento e até de sentimentos.
Uma mãe que não expressa seu pesar escandalosamente se torna vítima de comentários e assusta a sociedade com sua aparente “frieza”, e o mesmo estranhamento acontece quando um pai expressa toda sua emoção publicamente.
Os tipos de perdas e relacionamento também influenciam no aceitamento social da perda. Por exemplo, a relação entre um pai e um filho natimorto não é tão reconhecida quanto a de um pai com um filho maior, portanto, esse tipo de luto não é validado.
Na mídia, quando somos notificados da morte de algum jovem ou criança, quem aparece resolvendo as situações burocráticas referentes ao destino do corpo e rituais na maioria dos casos é o homem (pai), e de acordo com Doka (2000), muitas vezes estes pais contém seu sofrimento com a intenção de poupar a mulher, o que pode aparentar certa frieza em relação à perda, e ocasionar dificuldades no casamento.
Em meio a tantas obrigações e expectativas sociais, fica difícil para os homens demonstrarem seu sofrimento frente suas perdas.

Nome/autora: Celina Gammellone
Orientadora: Valéria Tinoco

Um comentário:

  1. gente, que alegria ver meu trabalho sendo citado! esse tema é super importante e merece ser lembrado! fico feliz.

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